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                   GUIDO  VILLA-GÓMEZ 
                  (  Bolívia ) 
                  Sucre 1917-1988 La Paz 
                  Poeta,  professor. Erudito em questões educativas. 
                    Formado na Escuela Normal e no Instituto de Investigaciones Pedagógicas. É  autor do Plano boliviano de reforma educacional que leva seu nome.   
                    
                  
                  BEDREGAL, Yolanda.  Antología de la poesia boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977.  627 p.  13,5x19 cm.   
Ex. bibl. Antonio Miranda 
 
                   
                  TEXTO EN ESPAÑOL –  TEXTO EM PORTUGUÊS 
                     
                     
                   
                  MAR Y CORDILLERA 
                     
                    Mirando el mar, yo te evocaba,  ¡tierra! 
                      y tu imagen de moza adormecida 
                      estaba levemente suspendida 
                      del cósmico columpio de la tierra. 
   
                      Evocaba ese viento que, ágil, yerra 
                      sobre tu piel de pampa indefinida, 
                      y esa atmósfera tenue y relucida 
                      que en alto pozo azul tu cielo encierra. 
   
                      El mismo viento sobre el mar y cordillera 
                      fueron de igual esencia:  ¡El Ande era 
                        el propio Mar Atlántico de pie…! 
   
                        -*- 
                  ¡El mar! ¡El mar…! Mi corazón andino 
                    es una estremecida caracola  
                    que revive la voz — ola tras onda — 
                    de sal y sol del litoral marino. 
   
                    Quieta patria sin prosa en camino 
                    al confín de la náutica corola. 
                    Muda, petrificada patria sola, 
                  Que juntan ola y nieve, monte y playa: 
                     
                    — ¡Redímete en el mar, pueblo disperso! 
                    Y alzando el iris patrio ante las olas, 
                    ¡abre el portal azul del universo.  
                    
                  TEXTO  EM PORTUGUÊS 
                  Tradução  de ANTONIO MIRANDA 
                     
                     
                  MAR  CORDILLERA 
                     
                      Mirando  O mar, eu te evocava,  terra! 
                        e tua imagem de moça adormecida 
                        estava levemente suspendida 
                        do cósmico balanço da terra. 
   
                        Evocaba esse vento que, ágil, erra 
                        sobre tua pele de pampa indefinida, 
                        e essa atmosfera tênue y reluzida 
                        que no alto poço azul teu céu encerra. 
   
                        O mesmo vento sobre o mar e cordilheira 
                        foram de igual essência:  O Andes era 
                          o próprio Mar Atlântico de pé…! 
   
-*- 
                  O mar! O mar…! Meu coração andino 
                    é um estremecido caracol  
                    que revive a voz — onda depois de onda — 
                    de sal e sol do litoral marino. 
   
                    Quieta pátria sem prosa em caminho 
                    aos confins da náutica corola. 
                    Muda, petrificada a pátria isola, 
                  Que juntam onda e neve, monte e praia: 
                     
                    — Redíme-te no mar, povo disperso! 
                    E alçando o íris pátrio ante as ondas, 
                    abre o portal azul do universo. 
                    
  
  
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                  http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/bolivia/bolivia.html  
                    
                  Página publicada em julho de 2022 
                    
                
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